quinta-feira, 11 de agosto de 2011

A SABEDORIA CONVIDA



“Filho meu, atende a minha sabedoria; à minha inteligência, inclina os ouvidos...” – Provérbios 5.1

É o narrador de Provérbios chamando os ouvintes/leitores de “Filho meu”. É a experiência da vida contando as histórias, coisas que viu, viveu, e experimentou e daí saiu anunciando, escrevendo, afirmando e comprovando: a sabedoria do Senhor é inigualável, e não tem outra maneira de alguém desfrutar da plenitude da existência, senão através dela.

Palavra branda do narrador, pastoreada, quase um pedido. Como se precisasse disso! Deveria ser ao contrário. Seríamos como crianças que pedem, pedem, desejosos para receber do Senhor o que Ele tem de melhor. Só que o melhor de Deus hoje mudou de cara, e tem gente que está mais preocupada com as necessidades periféricas. Diante da sabedoria de Deus, qualquer crise profunda é menos importante. Às vezes a cura que precisamos é o da sabedoria e não do corpo. Reagir com sabedoria, aplicar a vida fazendo o que vem às mãos, com sabedoria. Descansar nele com sabedoria. Agir e viver entre pessoas com sabedoria, e por aí se vai.

E o narrador é sábio, pois pastorea quem lê. Abre o diálogo com um “filho meu” para que o leitor veja nele um pai. Não aquele que talvez você tenha conhecido, pois no meu tempo pai não pedia, mandava. Determinava, isso sim. Não tinha conversa, nem espera, tinha que ser na horinha e às vezes sem palavras, só aquele olhar de canto do menino estou vendo o que você está fazendo. O narrador de Provérbios, ao contrário, convida você a uma vida de sabedoria. Chama-o/a de filho/a e aponta: a sabedoria de Deus é por aqui. E olha que, infelizmente, talvez você nem esteja procurando saber por onde ela passa. Será que não seria hora de colocar o sofrimento, sonhos e desejos profundos da vida na trilha da sabedoria de Deus?


Pr. Natanael Gabriel da Silva

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