terça-feira, 2 de agosto de 2011

GRATIDÃO E ESPERANÇA




“Agora, pois, ó Deus, nosso, ó Deus grande, poderoso e temível, que guardas a aliança e a misericórdia, não menosprezes toda a aflição que nos sobreveio, a nós, aos nossos reis, aos nossos príncipes, aos nossos sacerdotes, aos nossos profetas, aos nossos pais e a todo o teu povo, desde os dias dos reis da Assíria até o dia de hoje.” – Neemias 9.32

Se você fizer apenas a leitura deste versículo, vai achar estranho o fato de Neemias fazer um recorte histórico na oração, uma declaração de sofrimento com apenas, mais ou menos, seiscentos anos de duração. Sofrimento longo. Começou com a destruição de Samaria, no Reino do Norte e depois não parou mais.

Só que a oração de Neemias é longa. Começa reconhecendo a criação (vv 5,6) e vai se lembrando de Abraão, a caminhada pelo deserto e abertura do Mar, o tempo que haviam passado no Egito, a desobediência e o cativeiro babilônico. E foi com base nessa história e gratidão que agora orava. Do passado, agradeceu o livramento, no presente confessou e implorou pela misericórdia. Uma questão de confiança: Deus havia feito uma vez, faria de novo.

A confiança é uma questão de memória e gratidão. Quem não se recorda do que Deus fez, dificilmente irá ter a certeza de que fará de novo. Aquele que passou pelo sofrimento, foi pastoreado pelo Senhor e nunca se esqueceu disso, olhará para o futuro e terá a certeza de que o Senhor nunca o/a abandonará. O descanso no Senhor, em alguns momentos, parece estar mais relacionado com a gratidão do que com a fé, ou no mínimo a antecede: Quem nunca esquece e agradece, sempre confia.


Pastor Natanael Gabriel da Silva

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