segunda-feira, 30 de julho de 2012

A PERIFERIA



“Ele, porém, querendo justificar-se a si mesmo, disse a Jesus: E quem é o meu próximo?” Lucas 10.29

Periferia de sentido, não da cidade. Sentido da vida, não se trata de geografia, economia ou exclusão social do jeito que a gente conhece. É a geografia da vida, isso sim, economia na atitude e exclusão do que é mais importante para que o problema secundário seja tido como o mais importante.

Não entendeu? Pois é, a conversa não era sobre quem é o próximo de quem, mas sobre amor. Um monte de amor: amar a Deus de todo o coração, alma e forças e ao próximo como a si mesmo. A Deus não se pode amar como a si mesmo, porque é um amor que não pode ter limite, quando você fizer tudo o que pode pra amar ainda vai ficar faltando. E pra não dizer que foi superlativo tem o todo em tudo. Depois disso, amar o próximo como a si mesmo.

Diante disso o doutor da lei pergunta pelo próximo! Poderia ter perguntado o que seria coração; ou, o que seria alma ou força. Poderia ter perguntado qualquer outra coisa, porque ele fugiu do principal e migrou pra periferia, lugar do discurso que ele julgava conhecer, porque quem não entende de amor faz isso mesmo, deixa o principal e corre pro acessório.

Legal mesmo foi a resposta de Jesus, deu volta parecendo que ira falar do próximo e acabou ensinando pro interlocutor o que significava amar. Voltou ao ponto de partida, retomou o discurso e fez o caminho de volta pro amor, onde tudo na vida deve acontecer. Pois é mais fácil fugir pra periferia do discurso que encarar a prioridade do amor e do amar.

pr. Natanael Gabriel da Silva

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