quinta-feira, 15 de março de 2012

A EXCEÇÃO


 
“Lembra-te, agora: qual é o inocente que jamais pereceu? E onde foram os sinceros destruídos?” – Jó 4.7

Esta pergunta foi de Elifaz a Jó. Você consegue explicar o sofrimento de uma pessoa inocente? Você acha que Deus permite o sofrimento de alguém nessa condição? Pois é, a resposta comportava um tremendo, enorme, gigantesco e absoluto: Não!

É daí que o livro de Jó tem coisas, do mesmo modo tremendas, enormes, gigantescas e absolutas a nos ensinar no tempo quando Deus se tornou produto de consumo. A resposta de Jó, nos ditames de uma literatura poética, foi categórica: - Conheço: Eu.

Sei que você vai entrar pela porta, também bíblica, de que nunca houve alguém justo, nem um sequer, que pudesse ou tivesse a pretensão de afirmar tal coisa. É uma boa resposta, mas Jó é o livro que nos ensina que no turbilhão do sofrimento, há Graça de Deus. Difícil para nós a compreensão disso, porque Graça de Deus sempre está associada à felicidade, ao que o Senhor nos dá, especialmente se tais coisas forem traduzidas em casas, carros e salários. Não compreendemos outra linguagem. Nunca iremos entender que o Senhor é Soberano em todas as coisas, que faz o que quer, do jeito que desejar, e andar com Ele já é o presente do presente do presente. Um presentão no superlativo, aumentativo e esticado. Você, e eu, não precisamos de outras coisas, muito menos achar que o Senhor é injusto só porque uns tem algo, outros não, e dimensionar a Graça de Deus por objetos ou sensações.

A pergunta de Elifaz estava errada. Não importa a inocência do ser humano. O que vale é só o pertencer a Ele. Só isso basta. Os problemas que você tem, e eu também, são apenas problemas, às vezes ocasionados pelo próprio sentido do viver.

pr. Natanael Gabriel da Silva

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