sexta-feira, 25 de novembro de 2011

NA LINHA DE FRENTE

“E iam no caminho, subindo para Jerusalém; e Jesus ia adiante deles. E eles maravilhavam-se e seguiam-no atemorizados. E, tornando a tomar consigo os doze, começou a dizer-lhes as coisas que deviam sobrevir...” Marcos 10.32

Talvez fossem dois blocos, como final de São Silvestre. Os cansados, no segundo, os mais cansados que os cansados, no terceiro, e os cansadíssimos dos cansadíssimos no quarto e outros, porque o superlativo também tem limite. Jesus estava à frente, os demais no segundo grupo, só que não estavam cansados, mas com medo. Então os que têm medo, no segundo, os mais aterrorizados que os aterrorizados, no terceiro, e não é necessário repetir os limites do superlativo.

Daí Jesus começou o discurso, o que parecia ruim, ficaria pior. Ele seria o alvo, problema e solução, mas estava indo à frente porque Jesus quando teve que enfrentar a cruz não ficou no final da fila. Também não amenizou, e nem mesmo colocou uma frase fatalista como se não tivesse outra solução, coisa que a gente faz e às vezes nem sabe direito o que significa: “Estou nas mãos de Deus”. Jesus não disse isso, mas disse que seria envergonhado, afrontado, humilhado e crucificado. Depois conclui: mas o Filho do Homem ressuscitará.

O problema não seria o sofrimento, como não foi. O sofrimento faria parte. A questão na vida é o assumir o futuro, quando se sabe o que fazer e o que o Senhor pensa disso. É isso que faz diferença. Dá até pra falar sobre o assunto, sem mágoa de Deus, ou raiva da vida, sem medo de enfrentar o que vem pela frente e se dar como participante do primeiro bloco. Afinal, o tempo e a vida terão que ser enfrentados hoje, é ou não é?

Pastor Natanael Gabriel da Silva

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